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Uma ferramenta capaz de transformar automaticamente complexos códigos fornecidos pelas operadoras de celular em mapas de fácil visualização para Promotores de Justiça ou policiais. Assim funciona o software desenvolvido pelo Agente de Polícia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Marcos Paulo Peron, policial que na semana passada recebeu uma condecoração da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC) em razão da contribuição que a ferramenta fornece aos órgãos de controle e segurança.

O recurso simplifica e torna acessível informações antes complexas e de difícil compreensão. Na prática, o aplicativo agrega coordenadas fornecidas pelas operadoras de celular e gera mapas que mostram, por exemplo, a localização de determinados suspeitos no momento em que ocorre um crime. "A ideia da ferramenta é que ela seja de fácil uso e que otimize a atividade, que é muito rotineira nas investigações", explica Peron.

Criado por Peron em 2016, o aplicativo passou a fazer parte da rotina dos policiais civis de Santa Catarina em 2018 e, desde então, está disponível para todas as unidades do Ministério Público e órgãos de segurança pública no país. 

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Nos últimos 12 meses, o aplicativo foi acessado por mais de 41 mil usuários. "Sua facilidade de uso e o fato de ser feito por um policial para policiais, aparenta ser o principal motivo do sucesso dele", comentou o agente. 

Recentemente, a ferramenta desenvolvida pelo agente do GAECO foi usada nas investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal sobre os suspeitos de planejarem um atentado contra o senador Sérgio Moro e outras autoridades. Peron comenta que o êxito da investigação se deve exclusivamente aos investigadores, que exploraram da melhor forma os recursos disponibilizados no aplicativo, mas se diz satisfeito em saber sua criação está sendo útil.

"Sempre fico muito contente quando um colega me manda uma mensagem dizendo que o aplicativo auxiliou ele, de alguma forma, a elucidar um delito. É como se, indiretamente, eu tivesse ajudado um pouquinho. Mas, o mérito não é meu nem tampouco da ferramenta, mas do habilidoso policial e Promotor de Justiça que a usa. Ela é somente um instrumento", diz.

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Agente do GAECO há três anos, Peron atua também no CyberGAECO, uma força-tarefa do MPSC voltada a investigar de crimes cibernéticos, e segue trabalhando no desenvolvimento de aplicativos. A depender da investigação em curso, Peron e os demais integrantes da equipe criam ferramentas para facilitar e agilizar a atividade de investigação, sempre compartilhando essas aplicações com os demais órgãos que atuam na temática.