A Justiça atendeu ao pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e da Polícia Civil, e decretou a prisão preventiva do casal suspeito de agredir um bebê de três meses na última segunda-feira (18), em Caçador. O pedido foi feito durante a audiência de custódia.

"Todas as circunstâncias evidenciadas no processo dão conta da materialidade e autoria delitiva por parte dos suspeitos. Aliados a esses fatores, o clamor do crime e a possibilidade de reiteração criminosa, especialmente contra outras crianças sob a guarda dos investigados, motivam o pedido de preventiva", explica o Promotor de Justiça da 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caçador, Marcio Vieira. 

A mãe da vítima é venezuelana e está trabalhando no Brasil. Ela contou que deixou o filho com o casal por volta das 10h20 e que recebeu uma ligação às 14h. Do outro lado da linha, a suspeita contou que levou o bebê para o Hospital Maicé, pois ele estava com dificuldades para respirar.

Os primeiros exames médicos apontaram várias lesões corporais. A Polícia Civil foi acionada e o homem de 22 anos e a mulher de 19 anos foram presos em flagrante. Agora a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva. Sendo assim, o homem permanece no Presidio Masculino de Caçador e a mulher continua no Presidio Feminino de Chapecó. Ambos estão à disposição da Justiça. 

O bebê segue na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital Joana de Gusmão, em Florianópolis, sob cuidados médicos.

Fatos também são acompanhados pela área da Infância e Juventude

A Promotoria da Infância e Juventude da Comarca de Caçador já instaurou três procedimentos para apurar, respectivamente, a situação do bebê, a situação das duas filhas dos suspeitos e se outras crianças eram cuidadas pelo casal. Um dos objetivos é identificar porque o bebê e outras crianças estavam sob cuidados de terceiros e não em Centros de Educação Infantil da Rede Pública Municipal.