Condenado homem por tentar matar a ex-esposa em Florianópolis
O réu foi condenado a seis anos e oito meses de reclusão em regime semiaberto.
Um homem foi condenado a seis anos e oito meses de reclusão em regime semiaberto pelo crime de tentativa de homicídio. Ele foi julgado pelo Conselho de Sentença na quinta-feira (31/1) porque atirou contra a ex-esposa em julho de 2013, dentro de uma clínica pediátrica no bairro Agronômica, em Florianópolis.
A mulher, que recebeu dois tiros, só não morreu porque recebeu pronto-atendimento do corpo técnico da clínica, que tratou de encaminhá-la para um hospital nas imediações. O réu terá o direito de recorrer em liberdade. Essa foi a segunda sessão do Tribunal do Júri da comarca da Capital em 2019.
Para os jurados, a tentativa de homicídio foi privilegiada e qualificada. Privilegiada em virtude da violenta emoção e da injusta provocação da vítima; e qualificada pela impossibilidade de defesa da ex-esposa. A sessão, presidida pela juíza substituta Mônica Bonelli Paulo Prazeres, durou quase cinco horas.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o réu e a vítima haviam rompido relacionamento que perdurou 10 anos e resultou em dois filhos. O homem, contudo, suspeitava da paternidade em relação ao filho mais novo. Esse teria sido, aliás, o motivo da discussão que eles tiveram momentos antes do ex-marido sacar uma arma da cintura e atirar contra a ex-mulher, atingida na região toráxico-abdominal anterior esquerda e região posterior do ombro esquerdo.
Atuou na acusação o Promotor de Justiça Alceu Rocha e na defesa os Advogados André Moreira Pegorim e Guilherme Coelho Machado.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) promove ações e participa de campanhas para coibir os crimes contra a mulher. Neste vídeo, entenda o que é o chamado feminicídio, um tipo de homicídio qualificado. Para recorrer ao MPSC em casos de violência doméstica, ligue 180 ou compareça a Promotoria de Justiça mais próxima.
Entenda o que é e quais os tipos de violência contra a mulher. A Promotora de Justiça Helen Crystine Côrrea Sanches fala ainda da importância de fazer a denúncia e sobre as medidas protetivas.