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Mundialmente, novembro é dedicado ao combate ao câncer de próstata, o segundo câncer mais frequente entre os homens. Em atividade alusiva a essa campanha, a Gerência de Atenção à Saúde (GESAU) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) promoveu, nesta quinta-feira (23/11), um evento on-line para a conscientização sobre a importância dos cuidados com a saúde masculina. Para rever, clique aqui.  

O evento aconteceu durante um café da manhã e contou com a participação do médico urologista Cristiano Novotny e do médico oncologista Rodrigo Kraft Rovere. O Procurador-Geral de Justiça, Fábio de Souza Trajano, falou sobre a importância do engajamento do MPSC em campanhas de conscientização. "É uma alegria estar participando de mais uma atividade voltada à preservação da saúde física e mental de toda a população, especialmente dos nossos membros e servidores do Ministério Público. O MPSC salva efetivamente vidas em várias atuações, combatendo a criminalidade, por exemplo, mas também quer salvar vidas orientando, passando informação e desmistificando esses assuntos", disse. 

Os profissionais da saúde falaram sobre o diagnóstico e o tratamento do câncer de próstata, além de outras doenças que atingem majoritariamente a população masculina. 

Novotny explicou as funções da próstata no corpo do homem e o que é, efetivamente, o câncer de próstata, destacando a importância do rastreamento a partir dos 45 anos em pacientes que não têm histórico familiar da doença. "As alterações do câncer de próstata muitas vezes não são clínicas, podem não possuir nenhum sintoma, por isso a importância da prevenção secundária, do rastreamento do câncer de próstata, feito através da dosagem da proteína PSA (antígeno prostático específico) e do toque retal", disse o médico urologista.  

O oncologista Rodrigo falou, ainda, sobre a frequência em que pacientes procuram o consultório já na forma avançada da doença por não terem procurado atendimento antes, salientando a relevância do diagnóstico precoce. "O câncer de próstata é extremamente heterogêneo. Em algumas pessoas, a doença progride de forma muito devagar, assim como temos quadros fulminantes, que evoluem rapidamente. Por isso, tanto o rastreamento quanto o tratamento precisam ser individualizados, específicos para cada paciente", apontou.  

No bate-papo, o servidor André Fernandez da Cruz compartilhou as experiências que vivenciou durante a luta contra o câncer de próstata, diagnosticado em 2015, quando ele tinha 55 anos. André fazia o acompanhamento anual há dez anos, com os primeiros exames voltados à medição do PSA, sem o exame de toque retal. "Quando você recebe o diagnóstico, você sente como uma sentença de morte. Eu não sabia que direção tomar", lembra o servidor. 

André prosseguiu com o tratamento chamado de multimodal, com medicação hormonal até 2018, cirurgia e sessões de radioterapia posteriores. Hoje ele está curado e alerta para a importância do toque retal para o seu diagnóstico. "Você não deixa de ser homem com o exame de toque retal", finalizou.  

A conversa foi mediada pelo Coordenador de Comunicação Social, Carlos Rocha dos Santos.