Em São Lourenço do Oeste, filho que teria ateado fogo na casa da mãe é denunciado pelo MPSC
Ele também teria ameaçado a vítima duas vezes. Os crimes foram registrados em março de 2024.
Um homem de 22 anos foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por atear fogo na casa da mãe, destruindo móveis e colocando em risco a estrutura da residência, e por tê-la ameaçado duas vezes. Os fatos foram registrados em março de 2024 em São Lourenço do Oeste. O réu foi denunciado pelos crimes de ameaça e incêndio e a denúncia já foi recebida pela Justiça.
De acordo com o processo, na manhã de 21 de março de 2024, o réu foi abordado pela vítima na rua, próximo a sua residência. Ela o teria questionado sobre o sumiço de alguns móveis da casa, os quais ela suspeitava que ele teria vendido para comprar entorpecentes. O denunciado negou a venda e pediu que a mãe o levasse para pegar o próprio celular. A vítima suspeitou que o celular também seria usado para a compra de entorpecentes e negou o pedido.
Neste momento, o acusado teria entrado em fúria e prometido que iria "tacar fogo na casa" da mãe e "nas máquinas" de costura dela - que é costureira e tem as máquinas como instrumento de trabalho. Com medo, a vítima se afastou do local e procurou a ajuda da Polícia Militar.
Aproveitando-se de que a mãe estava fora de casa conversando com a Polícia Militar, o denunciado teria ateado fogo na residência. O fogo destruiu alguns móveis e colocou em risco a estrutura da casa. O incêndio apenas não se alastrou devido à ação da Polícia Militar, que estava próxima do imóvel e agiu rapidamente para controlar a propagação das chamas.
O réu foi preso em flagrante pela Polícia Militar. No momento da prisão, ele ameaçou novamente a mãe, dizendo que iria se vingar dela quando "saísse da cadeia". Apenas cinco dias depois da prisão, o Ministério Público apresentou a denúncia formal contra o réu na justiça.
O Promotor de Justiça Mateus Minuzzi Freire da Fontoura Gomes ressalta a importância de acionar a Polícia desde os primeiros indícios de agressão. Ele também enfatiza que a Lei Maria da Penha não se aplica apenas entre companheiro e companheira, mas em favor de toda mulher que sofrer violência dentro da família - incluindo quando a violência é praticada por filhos contra a mãe.
"Muitas vezes, as pessoas deixam a situação de violência se prolongar no tempo porque acreditam que a comunicação não irá resultar em uma medida efetiva, ou porque pensam que não tem a proteção da lei. Mas a verdade é que toda mulher que sofrer uma violência dentro do seu seio familiar - seja esposa, mãe, tia, avó, sobrinha, enteada, ou tantos outros casos - tem proteção da Lei Maria da Penha. E a justiça vai agir rapidamente para garantir a sua proteção", disse.
O réu responde ao processo preso preventivamente.
Ele também teria ameaçado a vítima duas vezes. Os crimes foram registrados em março de 2024. Ouça o MPSC Notícias para saber mais
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