Estudantes de Palhoça conhecem trabalho do Ministério Público por meio do programa Cultivando Atitudes
Alunos do 5º ano da Escola Básica Frei Damião foram até o Fórum de Palhoça e debateram temas como bullying, meio ambiente, saúde e educação.
O habitual silêncio do Fórum da Comarca de Palhoça foi quebrado por um coro de vozes infantis. Com olhos atentos e ouvidos apurados, os alunos do 5º ano da Escola Básica Frei Damião, no bairro Brejaru, participaram de uma palestra coordenada pela Promotora de Justiça Renata Lima da Silva e ministrada em conjunto com o Promotor de Justiça Felipe Lambert de Faria. A ação, que aconteceu na tarde desta quarta-feira (6/11), faz parte do projeto Cultivando Atitudes, do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Confira aqui como foi o encontro da manhã.
Durante a conversa, os Promotores de Justiça apresentaram seu trabalho aos estudantes e debateram temas como bullying, meio ambiente, saúde e educação. "Foi possível reunir três turmas para apresentar o projeto. Falamos de posturas e comportamentos, de cidadania e de direitos sociais", afirmou a Promotora de Justiça Renata Lima da Silva. "Foi bastante participativo e aproveitamos para apresentar as funções do Ministério Público na proteção dos direitos, inclusive das próprias crianças", completou.
De forma didática e descontraída, eles debateram as condutas mais adequadas em situações comuns, como possibilidades de reação quando uma pessoa esbarra em outra, o que fazer ao receber o troco errado ou qual ação tomar quando presenciar um animal sendo maltratado.
O estudante Kayque Antônio Camargo ficou animado com a visita. "Foi minha primeira vez aqui no Fórum e eu aprendi bastante coisa. Aprendi que os idosos têm preferência na fila e que as crianças têm direitos, assim como todo mundo", disse. Kayque também aprendeu mais sobre o trabalho do Ministério Público. "O Promotor de Justiça corre atrás dos direitos das crianças, ele vê se tem comida para a criança comer, se ela vai para a escola...", lembrou.
Além da palestra, os estudantes conheceram o salão do Tribunal do Júri e foram recepcionados pelo Juiz da Vara da Infância e Juventude de Palhoça, Luiz Felipe Canever. "Com essa iniciativa do Ministério Público, a gente pode ajudar na formação dessas crianças e trazê-las um pouco mais próximas da nossa função, para que aprendam um pouquinho sobre o que fazemos aqui e sobre os direitos delas", declarou. "Eles estão no início da vida, mas é importante que saibam que estamos aqui para servir, para trabalhar para eles, que eles podem contar com o Ministério Público e com o Judiciário", completou o Juiz.
Para a Professora Dayse Ramos de Farias, o encontro foi enriquecedor. "Quando a gente tenta levar para essas crianças mais orientação sobre direitos e deveres, a gente está construindo uma nação com um futuro melhor. Acredito que estamos investindo em pessoas mais sensatas, mais empáticas e amáveis, pessoas que não pensam só no hoje, só no seu umbigo, mas pensam no outro, no próximo. Eu bato nessa tecla porque acho que são os valores que a gente tem que ter, e a gente planta isso no trabalho, na família, no convívio social. Acho que é isso é muito importante", declarou.
Ao final da conversa, os estudantes receberam um kit com uma mochila ecológica, um marca-páginas com mensagens do projeto, folders que explicam as atividades do MPSC, um estojo e um lápis-semente. Nos diversos modelos de lápis-semente, estão impressas frases de incentivo à cidadania. Na ponta do lápis, encontram-se sementes de plantas frutíferas que podem ser plantadas pelos alunos após o uso do material.
"Eu vou plantar o lápis na hortinha do meu pai", confirmou Kayque.
Cultivando Atitudes
O projeto Cultivando Atitudes é organizado pelo Grupo de Valorização à Cidadania e à Ética do MPSC. O objetivo é promover a interação entre a Instituição e os estudantes com debates sobre assuntos do cotidiano, como o respeito às leis e o combate aos crimes. O programa foi criado em 2018 e já alcançou cerca de 24 mil alunos catarinenses. As escolas em todo o estado interessadas em receber o programa podem entrar em contato com as Promotorias de Justiça locais e agendar um dia e horário para o encontro.