Foram discutidos os principais problemas de saúde que acometem as pessoas em situação de rua, como problemas de pele, tuberculose e altos índices de uso de álcool e de drogas, que acabam gerando transtornos psiquiátricos. A Gerente de Vigilância Epidemiológica de Florianópolis, Ana Cristina Vidor, mediou o treinamento, enfatizando a importância de atitudes de prevenção por parte dos trabalhadores, como vacinação, utilização de equipamento de proteção individual e cuidados de conduta durante a abordagem.

"Essa capacitação representa mais uma importante conquista no processo de ressocialização das pessoas em situação de rua e de valorização dos profissionais que trabalham na rede de proteção", comentou o Promotor de Justiça titular da 30ª PJ da Capital, Daniel Paladino. 

"O propósito foi capacitar esses trabalhadores em relação aos riscos ocupacionais aos quais eles estão expostos. A  iniciativa surgiu através do diagnóstico social realizado e a ação de resposta à demanda confirma o papel do MPSC como um agente de transformação social", explicou a médica Daiana Julissa Disconzi, servidora lotada Gerência de Atenção à Saúde do MPSC e colaboradora da 30ª Promotoria de Justiça. Daiana ressaltou, ainda, a importância de um trabalho integrado entre os projetos da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos com a área da saúde. Essa foi a primeira iniciativa nesse sentido, mas a perspectiva é que novos treinamentos sejam realizados. 

Participaram da conscientização representantes da Polícia Militar de Santa Catarina, da Guarda Municipal, da Secretaria Municipal de Assistência Social, da Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap) e da Associação Braços Abertos (ABA).