A Justiça atendeu ao pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e decretou a prisão preventiva de um jovem de 20 anos investigado por envolvimento no furto de um veículo em Seara. A decisão foi proferida no mesmo dia em que o investigado seria solto, após ter a pena de prisão substituída por medidas alternativas em outra ação penal, na qual também estava preso preventivamente. 

O pedido de prisão preventiva foi feito pela Promotoria de Justiça da Comarca de Seara argumentando que ele é conhecido no meio policial e pela comunidade de Seara por envolvimento em delitos patrimoniais - ele responde a outras duas ações penais por crimes contra o patrimônio. Segundo o Promotor de Justiça Wesley da Silva Müller, um policial militar relatou em depoimento que, após a prisão anterior do jovem, no início deste ano, não houve novos registros de furto no bairro onde ele costumava atuar. 

Como sustentado pelo Ministério Público, a Justiça entendeu que a prisão preventiva é necessária para evitar a reiteração criminosa, considerando a periculosidade do investigado e a insuficiência de medidas cautelares alternativas. A decisão é passível de recurso. 

No mesmo dia, em outra ação penal, ele foi sentenciado a um ano e quatro meses de reclusão em regime inicial aberto, pena que foi substituída por prestação pecuniária e prestação de serviços à comunidade. A sentença determinou, inclusive, a expedição do alvará de soltura do réu, que se encontrava preso preventivamente. Porém, o pedido de nova prisão preventiva, requerido pelo Ministério Público, foi deferido, evitando a soltura do investigado.

O crime 

O furto do veículo, que era de um colega de trabalho do jovem, foi registrado no dia 30 de outubro de 2024. Imagens de câmeras de videomonitoramento mostram o investigado se deslocando a pé em direção ao local do crime por volta das 2h47. Cerca de 30 minutos depois, um veículo com as mesmas características do veículo furtado foi flagrado deixando o bairro em direção a Chapecó. 

A vítima reconheceu o jovem nas imagens, inclusive por conta de um calção camuflado que ele costumava usar. O Ministério Público destacou que as roupas vistas nas imagens são as mesmas utilizadas pelo investigado em outro furto, que está sendo apurado em uma ação penal distinta.