Em sessão do Tribunal do Júri realizada na quinta-feira (12/9), o homem foi sentenciado a oito anos de reclusão por tentar matar uma desconhecida na rua, conforme a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Ele também é acusado de participar de um homicídio dentro de uma cela.
Um homem pede um cigarro para uma desconhecida, ouve uma resposta negativa e então a esfaqueia até ser detido por populares. Ele é preso por um crime contra a vida, enquanto a vítima é levada para o hospital com várias lesões graves pelo corpo. Ela recebe atendimento médico e sobrevive, mas os traumas psicológicos permanecem.
O caso é real e aconteceu, na Avenida das Torres, em Lages, no dia 14 de março de 2023. O homem foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por tentativa de homicídio com duas qualificadoras - o motivo fútil e o recurso que dificultou a defesa.
O julgamento aconteceu, na última quinta-feira (12/9), no salão do Tribunal do Júri do fórum da Comarca. O Promotor de Justiça Fabrício Nunes conduziu a acusação, apresentando as provas dos autos. Ele sustentou que a insanidade mental parcial do réu não serve como justificativa para o crime e pediu a condenação.
"A grande maioria das pessoas que se encontram nesse estado nunca cometeram crimes, e nunca irão cometer. A impunidade é uma carta branca para que fatos dessa natureza continuem acontecendo, por isso é preciso dar uma resposta firme à sociedade', disse o Promotor de Justiça.
Os jurados acolheram integralmente a denúncia do MPSC e o réu foi condenado a oito anos de reclusão. Ele não poderá recorrer em liberdade, seguirá fazendo tratamento psiquiátrico e passará por perícia médica anualmente.
Réu é acusado de envolver-se em homicídio dentro do presídio
O mesmo homem é suspeito de participar de um homicídio no Presídio Regional de Lages. Ele e outro detento foram denunciados pelo MPSC por cortar a cabeça e arrancar o coração de um desafeto dentro de uma cela. A denúncia cita três qualificadoras (motivo torpe, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima) e a destruição do cadáver. O crime ocorreu em 5 de outubro de 2023 e o julgamento ainda não tem data para acontecer.