Ainda durante a programação da manhã, foi apresentado o painel "Importância do trabalho em rede e o impacto na atuação ministerial", tendo como palestrante a Promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Juliana de Sousa Andrade. O painel foi mediado pela Promotora de Justiça do MPSC, Fernanda de Ávila Moukarzel, e teve como debatedora a Analista em Serviço Social do MPSC, Daniele Beatriz Manfrini.
Juliana Andrade discorreu ao público sobre sua experiência com o Projeto IntegrIDADES, criado para o desenvolvimento de ações locais de fomento ao aprimoramento das políticas públicas municipais da pessoa idosa, com foco na articulação da rede de proteção. Segundo ela, o foco é a prevenção da institucionalização, otimização dos fluxos e articulação para os atendimentos oferecidos pelas redes de serviço.
"Precisamos conhecer os ambientes de atendimento e entender as especificidades que envolvem os idosos, para poder melhor atendê-los. Trabalhamos no desenvolvimento da rede a partir da capacitação e da união de esforços dos agentes, para garantir que o processo de institucionalização seja considerado o último recurso. Dessa forma, alcançamos avanços significativos em termos de qualidade e agilidade no atendimento. Isso me fez sentir ainda mais uma Promotora de Justiça, assim como motivou toda a equipe que atua na Promotoria de Justiça", reconheceu.
A Analista em Serviço Social, Daniele Beatriz Manfrini, reforçou a importância do aprimoramento da rede de atendimento social, destacando o trabalho desenvolvido pelo Centro de Apoio Operacional de Diretos Humanos e Terceiro Setor do MPSC (CDH). Entre as iniciativas do MPSC voltadas ao fortalecimento da rede, Daniele destacou o Programa CAMOV, que leva os Centros de Apoio até as Promotorias de Justiça pelo Estado, bem como o Programa Juntos pelo SUAS, que estabelece diagnósticos das políticas de assistência social e demais áreas de atuação do CDH. Citou, ainda, o Protocolo PISC, para situação da violação de direitos e de violência contra a pessoa idosa, além Programa TEAR, Técnicas de Estratégias de Articulação em Rede, capitaneado pelo Centro de Apoio da Infância, Juventude e Educação do MPSC.
"Vamos pensar no impacto geral que a atuação em rede traz para nós enquanto instituição e Ministério Público. As situações, antes, não só para nós, obviamente, mas para todos os sujeitos dessa rede, que eram consideradas de difícil resolução, ganharam novos olhares e percepções, novos saberes e novas competências, permitindo observar a situação de novas perspectivas e propor frentes de atuação", destacou.