Na manhã desta terça-feira (6/7), o Ministério Público catarinense deu início à quarta fase da Operação Et Pater Filium. Já foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e estão sendo cumpridos 23 de busca e apreensão, todos requeridos pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC e expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, em razão do foro por prerrogativa de função do principal investigado desta nova etapa.
Os investigados presos são suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática de crimes contra a administração pública, tais como corrupção, fraudes em licitações e peculato (desvio de valores ou bens públicos).
As apurações decorrem da atuação da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC, por intermédio do Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com auxílio operacional da Divisão de Investigação Criminal da Polícia Civil de Canoinhas.
As diligências estão sendo realizadas nas cidades de Bela Vista do Toldo e Canoinhas, ambas no Planalto Norte catarinense, em Florianópolis e envolvem a participação de 73 policiais, militares e civis, integrantes do GAECO e oito policiais da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Canoinhas
Esta fase da operação é um prolongamento das investigações que culminaram com a prisão, em 13 de agosto de 2020, do Prefeito Municipal de Major Vieira e Presidente da FECAM na época, Orildo Antônio Servegnini, e de seu filho, Marcus Vinicius Brasil Severgini, que continuam presos preventivamente em razão daqueles fatos.
Agora, o Ministério Público apura a participação de outros agentes públicos e empresários em fraudes que envolvem principalmente os setores elétrico e de construção civil.
Para possibilitar a efetividade das medidas de investigação, esta fase do processo tramita, por ora, em segredo de justiça.