Em Canoinhas, uma sessão tensa do Tribunal do Júri que durou seis dias, deu fim a um dos crimes que mexeu com o dia a dia da cidade desde 2021. Três Promotoras de Justiça atuaram contra uma banca de mais de 10 advogados de defesa e conseguiram a condenação dos três réus.
Um jovem foi morto a tiros em sua residência, na região central da cidade. Um dos acusados, considerado o mandante do crime, e outras duas pessoas que teriam executado a vítima, foram condenados, após denúncia do Ministério Público de Santa Catarina.
O mandante do crime foi denunciado por homicídio triplamente qualificado - motivo fútil, meio cruel e dificuldade de defesa e os executores, por homicídio com três qualificadoras - mediante paga ou promessa de recompensa, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
O réu, apontado de ser o mandante do crime, recebeu a pena de 21 anos, sete meses e seis dias de reclusão em regime fechado. Já os outros dois homens, executores do crime, cada um recebeu a pena de 19 anos, dois meses e 12 dias e 19 anos, um mês e 18 dias de prisão em regime fechado.
Eles foram, ainda, condenados, cada um deles, ao pagamento de 100 mil reais aos sucessores da vítima como reparação mínima ao mal causado e pela gravidade do crime.
As promotoras de Justiça Ana Maria Horn Vieira Carvalho, Andréia Tonin e Daniela Böck Bandeira atuaram pelo Ministério Público na sessão do Tribunal do Júri que iniciou na segunda-feira (06/5) e terminou na noite de sábado (11/5). Este julgamento é considerado o maior da história da cidade.