Entenda o caso
Conforme apurado durante a instrução processual, o crime foi motivado pelo inconformismo do réu com o fim do relacionamento com a vítima. Testemunhas próximas ao casal relataram nos autos que eles tinham um relacionamento conturbado devido à agressividade do réu.
Cerca de 20 dias antes do crime, houve a separação de fato do casal, e a vítima e o filho, que na época tinha dois anos, passaram a morar na casa do pai dela. Após a separação, a mulher registrou um boletim de ocorrência porque vinha sofrendo ameaças desde sua saída de casa e teve medidas protetivas de urgência deferidas no dia 2 de novembro de 2023 para que o réu não se aproximasse dela nem mantivesse qualquer contato.
Entretanto, na manhã de 13 de novembro de 2023, a vítima estava a caminho do trabalho em uma van oferecida pela empresa para o deslocamento dos funcionários quando, em uma das paradas, o réu, que também trabalhava na empresa, ingressou no veículo e sentou-se no banco dianteiro. Assim que a van estacionou em frente ao portão de entrada da incubadora, o réu desceu e aguardou a saída da vítima. Em seguida, sacou a arma e atirou duas vezes contra a ex-companheira, que estava de costas. Ela caiu no chão e ele novamente atirou duas vezes em seu rosto. O homem tentou efetuar mais disparos, mas a arma falhou. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Após o crime, o réu tentou fugir e entrou numa área de mata próxima da empresa, mas logo foi encontrado e preso em flagrante por policiais militares que auxiliaram no atendimento da ocorrência.