Jogador de futebol é condenado a sete anos de prisão pela morte de três pessoas
Dudu dirigia em alta velocidade, sem habilitação e sob influência de álcool quando bateu o carro, que explodiu, e causou a morte de três pessoas em Florianópolis.
Eduardo Francisco da Silva Neto, ex-jogador do Figueirense conhecido como "Dudu", foi condenado nesta quarta-feira (17/02), pelo Tribunal do Júri da Comarca da Capital, pelo homicídio de três pessoas. O jogador provocou um acidente de carro, em junho de 2010, que causou a morte de três passageiros, em Florianópolis.
O acidente aconteceu de madrugada, na Via Expressa Sul, quando Dudu bateu com o carro em um bloco de concreto. Por causa da batida, o veículo explodiu e três pessoas que estavam no carro com o jogador faleceram. De acordo com o Inquérito Policial que apurou o acidente, o jogador estava sem habilitação para dirigir, em alta velocidade e sob o efeito de álcool.
Os Promotores de Justiça Paulo Andrey Cunha Amorim e Augusto Zanelato representaram o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) perante o Tribunal do Júri. Conforme requeria o Ministério Público, Dudu foi condenado por homicídio com dolo eventual por ter, com o seu comportamento, assumido o risco de produzir as mortes.
A pena aplicada pelo Juízo do Tribunal do Júri da Comarca da Capital foi de sete anos, dois meses e 12 dias de reclusão, em regime inicial semiaberto. Dudu foi condenado, ainda, a pena de seis meses de detenção pelo crime de dirigir veículo sem habilitação. O réu terá direito de recorrer em liberdade. (AP 0031580-53.2011.8.24.0023)
O papel do Ministério Público é garantir que o responsável por um crime seja julgado por seus atos a partir de fatos comprovados e punido de acordo com a gravidade do delito. Cabe ao Promotor analisar as provas colhidas durante o inquérito policial e avaliar se são suficientes para pedir a abertura do processo judicial contra o acusado. Apenas o Ministério Público pode oferecer a denúncia à Justiça. O Promotor ou a Promotora de Justiça pode pedir novas provas à polícia e fazer as próprias investigações para garantir que um inocente não seja condenado injustamente e que o criminoso não fique impune.
Os crimes contra a vida merecem um tratamento diferenciado pela justiça brasileira. Quando são fortes os indícios de que o réu teve realmente a intenção de praticar este tipo de crime, ele é julgado pelo Tribunal do Júri. O programa Alcance fala sobre este tipo de julgamento em que o povo atua como juiz.