Encontrar soluções inovadoras para os desafios vividos pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e pelo Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE-SC) é a missão dos programas de inovação aberta, que foram desenvolvidos pelas instituições a partir de um convênio com a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) e foram lançados oficialmente nesta quinta-feira, dia 9,na sede da Acate, em Florianópolis.
Com o programa, MPSC vai unir forças com o ambiente de inovação catarinense para aprimorar os serviços prestados à sociedade. O programa no Ministério Público catarinense terá duração de 18 meses, período no qual a Acate vai estimular startups a resolverem desafios enfrentados pelas instituições. No fim, MPSC poderá contratar as soluções elaboradas pelas startups.
O Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos de Planejamento e Inovação, Luciano Trierweiller Naschenweng,destacou que a inovação aberta permite que o MPSC acesse ideias e soluções de fontes externas à organização, "ampliando assim sua capacidade de solucionar problemas e atender às necessidades de seus membros e servidores de maneira mais eficiente e eficaz", disse durante o evento. "Além disso, a inovação aberta fomenta a colaboração e o compartilhamento de conhecimento entre diferentes setores e indivíduos, o que pode resultar em soluções mais impactantes, com foco em novas tecnologias como a inteligência artificial, uma tendência para qualquer organização, público ou privada", continuou. "Por fim, a inovação aberta é uma tendência crescente no mundo dos negócios e da tecnologia, e o MPSC precisa estar atualizado e preparado para enfrentar os desafios do futuro. Ao adotar a inovação aberta, o MPSC pode aumentar sua agilidade e flexibilidade, tornando-se mais preparado para atender as demandas da sociedade", finalizou.
A inovação aberta será uma quebra de paradigmas disse o Presidente do TCE-SC, Adircélio de Moraes Ferreira Júnior. "Nós que defendemos tanto um controle proativo e assertivo, antes de fomentarmos a cultura da inovação, devemos em primeiro lugar fazer o nosso dever de casa. Nós tínhamos uma cultura interna de muita resistência em relação ao novo. Queríamos resolver os problemas de maneira autorreferente, sempre focados em nós mesmos. Estamos num ecossistema de inovação, de soluções em tecnologia, e estávamos alheios a esse processo. Essa mudança de paradigma, essa ruptura de pensamento, será fundamental para internamente nos conscientizarmos que as soluções estão aí. Os problemas são inúmeros, mas nós não vamos conseguir resolvê-los somente com a nossa força de trabalho", explicou. "Por isso, estamos abertos a este movimento para buscar soluções e ter um perfil de controle construtivo e colaborativo", afirmou.
O Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação Marcelo Fett Alves parabenizou e incentivou a inovação. "Esse programa vai abrir novas expectativas na inovação e vai fomentar iniciativas em todo setor público", disse.
"Ter a presença do MPSC e do TCE aqui na ACATE é disruptivo. A compra de inovação no setor público é muito recente. O fato destas duas instituições serem protagonistas neste processo é importante para abrir portas para outros órgãos públicos", disse o representante da ACATE, Diego Brites Ramos.