Uma sequência de chutes, socos, golpes com pedaço de madeira e facão, violência empregada com a vítima amarrada, tortura e tentativa de homicídio. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) obteve no Tribunal do Júri de Rio do Sul a condenação de três réus que, depois da violência, ainda deram ordens para a vítima correr e dispararam três tiros de arma de fogo contra ela. Ferido, o homem caiu em uma grota, o que fez os criminosos acreditarem que estaria morto. Na ocorrência, os réus envolveram dois menores de idade. Os crimes aconteceram em 21 de dezembro de 2022 na Estrada Geral São José, no bairro Santana. Eles foram julgados na última quinta-feira (9/8).
Um dos réus foi condenado a 11 anos e quatro meses de reclusão. Ele foi sentenciado por tentativa de homicídio, com as qualificadoras de motivo fútil, recurso que tornou impossível a defesa da vítima e emprego de tortura. O réu foi condenado, ainda, por porte irregular de arma de fogo. Tentativa de homicídio com as qualificadoras de motivo fútil, recurso que tornou impossível a defesa da vítima e emprego de tortura, além de corrupção de menores e uso irregular de arma de fogo, levaram à condenação do segundo réu a 14 anos e dois meses de reclusão. O terceiro réu denunciado pelo MPSC foi condenado a nove anos de reclusão também por tentativa de homicídio com as mesmas qualificadoras, bem como por corrupção de menor.
Detalhes do caso
Conforme a ação penal da 3ª Promotoria de Justiça de Rio do Sul, era por volta de uma hora da manhã na Estrada Geral São José, no bairro Santana, quando quatro homens e dois menores de idade iniciaram as agressões contra a vítima. Além de socos e pontapés, eles feriram o rapaz com pedaço de madeira e com um facão. Também efetuaram diversas manobras para amarrar o corpo da vítima depois de empregarem a violência. Não satisfeitos e com a vítima quase desfalecida por causa da tortura, eles ordenaram que o jovem corresse e atiraram três vezes contra ele.
Já gravemente ferida, com sérias lesões por causa da violência que sofreu, a vítima caiu às margens da rua, fazendo os criminosos acreditarem que havia morrido. Momentos mais tarde, o homem conseguiu pedir socorro em uma casa próxima e recebeu tratamento médico a tempo.
Conforme a denúncia, toda a violência se deu porque a vítima teria subtraído o aparelho celular de um dos condenados no dia anterior. Os réus não terão o direito de recorrer da sentença em liberdade e cumprirão a pena em regime fechado. O quarto homem denunciado pelo MPSC nos autos foi absolvido das acusações.