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"Todas nós temos direito à felicidade, todas nós temos direito à convivência harmônica. Se na sua família, se na sua convivência familiar isso não está acontecendo, você não está sozinha. Existem mecanismos policiais e judiciais, e especialmente o Ministério Público está aqui para a sua defesa e orientação". Essa foi uma fala da Promotora de Justiça Ana Cristina Boni, da 1ª Promotoria de Justiça de Xanxerê, para os colaboradores do Hospital Regional São Paulo (HRSP) sobre a campanha "Oi, meu nome é Maria" de combate à violência doméstica e contra mulher. O evento em alusão ao Agosto Lilás ocorreu na última terça-feira (13/8).   

A Assistente Social do HRSP Maquieli Casaril explica que a maior parte dos colaboradores do hospital é composta por mulheres, por isso a escolha em levar informações a esse público. "Dessa forma, como temos o grupo de humanização, pensamos em ações no decorrer do ano e essa foi uma voltada aos nossos colaboradores - informar qual é a garantia de seus direitos, como acessar, a forma de proceder para registrar boletim de ocorrência, que é seguro, por exemplo", disse.   

Os colaboradores também contaram com as informações repassadas por Michele Calliari Marchese, idealizadora da campanha Mulher Segura, lançada em Xanxerê em 2023, na qual que foram instituídos mecanismos de combate e prevenção à violência contra a mulher. "A mulher tem que se conscientizar de que ela tem direitos e garantias constitucionais. Ela não pode ser vista como um objeto, ela não pode ser vista como uma coisa. Então, ela tem que se informar, abrir a mente e mudar a cultura, o contexto em que ela vive, para poder se empoderar e ter a própria vida livre. Ser livre não significa estar sozinha, mas estar com alguém que respeita sua liberdade", ressaltou.

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Agosto Lilás    
A celebração de agosto como mês dedicado à conscientização sobre o combate à violência contra as mulheres tem origem na promulgação da Lei Maria da Penha (11.340), em 7 de agosto de 2006. Marco na luta contra a violência doméstica e familiar no país, a lei foi batizada em homenagem à ativista Maria da Penha Maia Fernandes, mulher que, em 1983, sofreu duas tentativas de homicídio por parte de seu então marido: a primeira com um tiro nas costas enquanto ela dormia e a segunda por eletrocussão no chuveiro. Maria da Penha ficou paraplégica em decorrência das agressões e enfrentou diversas dificuldades em sua busca por justiça.   
 
Campanha "Oi, meu nome é Maria"    
Em 2024, as iniciativas do Agosto Lilás no Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) acontecem dentro da campanha "Oi, meu nome é Maria", lançada pela instituição em 2022 para celebrar o Dia Internacional da Mulher. A campanha recebe esse nome em homenagem a Maria da Penha, ativista do direito das mulheres e vítima emblemática da violência. Organizada pelo Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar (NEAVID), a iniciativa foi ampliada pelo MPSC para alcançar e conscientizar grupos de mulheres. A ideia é levá-las à reflexão sobre o que é a violência contra a mulher para que possam entender e auxiliar eventuais vítimas.  
 
Termômetro da Violência Doméstica   
Instrumentalizar a identificação de sinais de alerta e de comportamentos abusivos é uma das maneiras de auxiliar mulheres no enfrentamento à violência doméstica e familiar. Esse é o objetivo do Termômetro da Violência Doméstica, desenvolvido pelo NEAVID do MPSC.     
O Termômetro, que está disponível no site do MP catarinense, funciona como um quiz de 22 opções que a usuária deve preencher caso identifique essas situações em seu relacionamento. O preenchimento é feito de forma completamente anônima.    
Faça o teste aqui: https://mpsc.mp.br/termometro/