O GEDCLIMA debateu, ainda, a elaboração de uma proposta de recomendação que será encaminhada aos Promotores de Justiça de todo o estado para que avaliem, dentro sua independência funcional, a necessidade de expedi-la aos municípios. O objetivo da recomendação é fortalecer as políticas públicas de prevenção, mitigação, preparação, redução, resposta e recuperação dos riscos de desastres socioambientais decorrentes desse fenômeno. O documento enfatiza a necessidade urgente de implementar políticas contínuas de proteção civil e defesa para aumentar a capacidade de adaptação das comunidades locais.
A minuta da recomendação, apoiada no conhecimento multidisciplinar do grupo, reforça a importância da aplicação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC) e do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC), juntamente com outras legislações, como o Estatuto da Cidade e o Código Florestal. Aponta, ainda, a necessidade de os municípios estarem inscritos no Cadastro Nacional de Municípios com Áreas Suscetíveis à Ocorrência de Deslizamentos de Grande Impacto, Inundações Bruscas ou Processos Geológicos ou Hidrológicos Correlatos, conforme estabelecido pelo Decreto Federal n. 10.692/2021.
Outro ponto do texto é o destaque ao dever que os municípios tem de incorporar em seus planos diretores e instrumentos reguladores da ocupação do solo os documentos oficiais do Estado de Santa Catarina sobre estudos e mapeamentos de áreas de risco, como exige a Lei Estadual n. 16.601/2015.
A proposta de recomendação terá sugestões dos integrantes do GEDCLIMA e será avaliada pelo presidente do grupo de trabalho e Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais do MPSC, Paulo Antonio Locatelli, e pela Coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, Fernanda Broering Dutra. Após finalizada, será encaminhada às Promotorias de Justiça do Estado como proposta de atuação, sendo esta uma das finalidades do GEDCLIMA, conforme previsto no art. 1º do Ato n. 17/2024/PG, que instituiu o grupo de trabalho.