Atendendo a requerimento do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a Justiça determinou a suspensão das atividades e o bloqueio dos valores e a apreensão de bens da Multiclik Brasil Publicidade e de seus sete diretores. A empresa responde a ação civil pública por ter criado uma modalidade de pirâmide financeira com capacidade para lesar milhares de consumidores.
Atendendo a
requerimento do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a
Justiça determinou a suspensão das atividades e o bloqueio dos
valores e a apreensão de bens da Multiclik Brasil Publicidade e de
seus sete diretores. A empresa responde a ação civil pública por
ter criado uma modalidade de pirâmide financeira com capacidade para
lesar milhares de consumidores.
A ação civil pública
foi proposta em parceria pela 29ª Promotoria de Justiça da Capital e a 7ª Promotoria de Justiça de Jaraguá do Sul e ajuizada na 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca da Capital.
Na ação, o Ministério
Público sustenta que os dirigentes da empresa montaram um esquema
fraudulento que visava à adesão de pessoas que, desembolsando
valores imediatamente, teriam retorno proporcional à quantidade de
indicados por elas que também aderissem ao sistema.
Os
associados eram divididos inicialmente em três categorias - bronze, prata e ouro - de acordo com o valor do investimento. Os
associados ouro e prata receberiam, ainda, valores relativos ao
compartilhamento de publicidades em suas redes sociais, embora na
prática a renda anunciada dos novos afiliados decorra quase que
exclusivamente do ingresso de pessoas indicadas.
Segundo o MPSC, para
dar aparência de legalidade à pirâmide a empresa anunciou
parcerias inexistentes, instalou uma loja física em Balneário
Camboriú, anunciou a aquisição e comercialização de 270 mil
títulos de capitalização e também a venda de produtos
farmacêuticos, viagens, e outros serviços não prestados.
Conforme requerido pelo
MPSC, o Poder Judiciário determinou o bloqueio de todas as contas
correntes, poupanças e movimentações financeiras vinculadas ao
CNPJ da empresa e aos CPFs de seus diretores; a penhora dos produtos
existentes na loja física em Balneário Camboriú; o sequestro e o
arresto dos bens imóveis e veículos em nome dos denunciados; o
bloqueio dos títulos de capitalização; e o bloqueio de qualquer
remessa de valores ao exterior.
Foi proibido, também,
o ingresso de novos associados e determinado que a empresa apresente
diversos documentos necessários à instrução processual, como
contratos com pessoas físicas e jurídicas, a relação completa de
todos os associados, devidamente identificados, e instrumentos
jurídicos de criação de outras empresas no Brasil e no exterior.
Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária de R$ 500 mil.
A atuação do
Ministério Público de Santa Catarina é integrada ao trabalho
realizado por uma força tarefa nacional envolvendo o Ministério
Público brasileiro, Ministério Público Federal, Polícia Federal,
Ministério da Justiça, Receita Federal e outras instituições.
(Autos 0909459-35.2013.8.24.0023)
Assista ao vídeo: Como o Ministério
Público atua no combate aos crimes contra o consumidor.
Bens da Multiclick e de seus diretores são bloqueados judicialmente
Atendendo a requerimento do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a Justiça determinou a suspensão das atividades e o bloqueio dos valores e a apreensão de bens da Multiclik Brasil Publicidade e de seus sete diretores. A empresa responde a ação civil pública por ter criado uma modalidade de pirâmide financeira com capacidade para lesar milhares de consumidores.