Nesta quinta-feira (27/2), no Fórum da Capital, o Tribunal do Júri condenou um homem que matou a companheira a facadas na frente dos três filhos a 29 anos e nove meses de reclusão. Denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o réu, de 31 anos, foi condenado por feminicídio duplamente qualificado. Ele está preso e o regime inicial do cumprimento da pena deve ser fechado. 

Atuou no júri o Promotor de Justiça Jonnathan Augustus Kuhnen. A vítima tinha 22 anos. Conforme a denúncia do MPSC, por meio da 37ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, o crime ocorreu no dia 2 de maio de 2024, por volta das 7 horas, na residência em que o casal morava, no Centro de Florianópolis. 

O homem, agindo com dolo e movido pela discriminação de gênero, valendo-se do ambiente doméstico e familiar, matou a companheira com diversos golpes de faca no rosto, nos braços e na região do tórax. O crime foi cometido por motivo torpe, em razão de ciúme extremo e possessividade. Além disso, o autor o praticou com meio cruel, diante da reiteração de golpes e na presença dos três filhos em comum, menores de idade (5 anos, 3 anos e 6 meses de idade). 

No júri popular, o Conselho de Sentença reconheceu como agravantes as duas qualificadoras (motivo fútil e emprego de meio cruel). Na fixação da pena, houve ainda o reconhecimento da agravante de reincidência, porque o réu tem três condenações transitadas em julgado por outros crimes. O Juízo negou ao réu o direito de recorrer em liberdade, em razão da garantia da ordem pública.