O representante do IMA, Aldori Batista dos Anjos, salientou que a melhor alternativa é, de fato, a criação de uma unidade de conservação ambiental, como um parque municipal. "Naturalmente, as empresas visam ao lucro, mas também é preciso ter um olhar voltado à preservação da natureza, pelo bem de todos", disse.
Já o presidente do Conselho de Turismo de São Joaquim (COMDESTUR), Mycchel Legnaghi, falou sobre a importância da área para registros fotográficos, especialmente nos períodos de frio, quando a geada e a neve tomam conta da paisagem. "Esse cenário traz visibilidade nacional ao nosso município, gerando vários benefícios, por isso a preservação é fundamental", defendeu.
A assessora de turismo da Associação dos Municípios da Região Serrana (AMURES), Ana Vieira, por sua vez, argumentou que a beleza cênica e a natureza são as bases do turismo local e que essas áreas não podem ser afetadas por empreendimentos que as descaracterizem. "Existem diversos locais que podem ser utilizados para o plantio de pinus, mas não aqueles que distinguem a região das demais", explicou.
Na mesma linha, o professor aposentado Edu Santos falou sobre a importância do plantio de pinus para a economia, mas disse que existem locais apropriados. "Sempre conversei com meus alunos sobre sustentabilidade e estamos diante de uma situação que afeta diretamente a todos nós, pois gera impactos no meio ambiente e no turismo", apontou.
Por fim, o representante da Companhia de Águas e Saneamento (CASAN), Luiz Carlos do Amaral, falou sobre a ausência de uma legislação voltada ao zoneamento ambiental e ecológico em São Joaquim. "Precisamos urgentemente de regramentos específicos para preservar nosso ecossistema", disse.