O Superintendente Executivo Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), entidade selecionada por meio licitação para o desenvolvimento do programa, salientou que as empresas devem, por Lei, ter de 5% a 15% de seu quadro de funcionários formado por aprendizes, mas que os órgãos públicos não tem esta obrigação. "Parabenizo a iniciativa do Ministério Público de Santa Catarina pela oportunidade, pela base de aprendizado, que está oferecendo a estes jovens", falou na solenidade.
Antes de iniciar o trabalho, os adolescentes e jovens receberão um treinamento por quatro semanas. Concluído o treinamento, eles passarão a trabalhar quatro dias por semana nos setores administrativos do MPSC e em um dia por semana participarão, ainda, de um curso técnico no Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), entidade selecionada por meio licitação para o desenvolvimento do programa.
No curso, os aprendizes terão disciplinas voltadas para a capacitação profissional e social, como comunicação oral e escrita, inclusão digital, organização e planejamento no trabalho, educação para o consumo, educação fiscal, direitos trabalhistas, meio ambiente e orientações quanto ao uso indevido de álcool, tabaco e outras drogas.
No MPSC, os aprendizes firmam contrato de aprendizagem e recebem um salário-mínimo como remuneração. Durante os dois anos que passarão na Instituição, os jovens serão orientados por uma Comissão de Acompanhamento formada por integrantes do CIJ, da Coordenadoria de Recursos Humanos e do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional.
Para participar do programa, é exigido dos adolescentes a frequência em ensino escolar regular, a qual será controlada através do Sistema APOIA ONLINE. Segundo a Gerente de Educação Profissional do CIEE, Daniela Mendes, "os jovens estão muito ansiosos pelo início do trabalho e entusiasmados com a oportunidade oferecida".
O Programa Aprendiz foi desenvolvido por um Grupo de Trabalho Intersetorial, com o objetivo de criar oportunidades para os que estão em situação vulnerável e contribuir para seu desenvolvimento social e profissional, além de estimular a permanência no ensino obrigatório.
A seleção dos jovens foi feita pelo CIEE, com apoio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Florianópolis (CREAS) e entidades de acolhimento do Município de Florianópolis, dentro dos critérios estabelecidos pelo MPSC. Das vagas disponíveis 80% delas foram prioritariamente destinadas a adolescente em cumprimento de medida socioeducativa de liberdade assistida ou em entidade de acolhimento institucional. Os outros 20% das vagas são destinadas a pessoas com deficiência, sem limitação de idade. Em caso de empate no processo seletivo, a preferência da vaga é, na ordem, para o grupo racial negro e para o gênero feminino.