Menos de dois meses depois do lançamento, já está na terceira tiragem o romance "Adroaldo, de Majestosa", do Promotor de Justiça catarinense Eduardo Sens dos Santos, da 13ª Promotoria de Chapecó.
No livro, o escritor mistura ação e humor para descrever sob o ponto de vista de um jovem biógrafo a vida do promotor José Adroaldo da Guia, do começo do século passado. "É uma metáfora moderna que explora o quixote que há em cada um de nós", explica Sens.
O romance, publicado pela editora Penalux, se passa na cidade fictícia de Majestosa, no Sul do Brasil. "Uma cidade pacata em que ninguém sai da linha", narra o texto, "até que o governador nomeia o jovem advogado para o cargo de promotor público". A missão? Conter uma suposta célula separatista da cidade, que ameaçaria dividir o país.
Apaixonado por romances policiais, o promotor Adroaldo chega à comarca de Majestosa decidido a pôr em prática as técnicas dos livros que se acumulam em sua biblioteca. Mas nada funciona exatamente como pretende.
Quando não é o desconhecimento da língua que o mete em confusões, é o choque cultural que faz com que enxergue crime e má-fé onde menos se espera. "Adroaldo, no final das contas, querendo fazer justiça, querendo abraçar o mundo, é um pouco de nós mesmos", reflete Sens, que além de dois livros jurídicos dedica-se também à literatura infantil.