PostO terceiro e último réu denunciado pelo envolvimento na morte e na ocultação do corpo de um homem em 2018, em Lages, foi condenado a 15 anos e dois meses de prisão. Ele ficou foragido até maio de 2024, provocando a cisão do processo, mas o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) seguiu perseguindo a justiça durante todo o período, até o submeter ao Tribunal do Júri. 

Segundo a denúncia original, ele e outros dois homens desconfiavam de que a vítima tinha informações a respeito do furto de um carro pertencente a uma pessoa próxima e tentaram obrigá-la a falar, mas não tiveram êxito e a mataram em 9 de julho daquele ano. O modus operandi do homicídio não foi esclarecido, mas o corpo apareceu 11 dias depois no rio Caveiras. 

Os outros denunciados tiveram destinos diferentes. Um deles foi assassinado tempos depois e o outro acabou sendo absolvido por falta de provas. Mas o terceiro réu não ficará impune. Ele foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe e ocultação de cadáver e cumprirá a pena em regime inicial fechado. 

O réu voltou ao presídio assim que o julgamento terminou e não poderá recorrer em liberdade. O Promotor de Justiça Fabrício Nunes, que conduziu a acusação em plenário, diz que a decisão dos jurados representa mais uma vitória contra a impunidade e em favor da vida. 

"Mesmo diante das dificuldades e do tempo decorrido, o trabalho do Ministério Público de Santa Catarina não cessou até que a sociedade visse a justiça ser feita. Conseguimos dar uma resposta firme a um crime cruel, garantindo que o responsável seja punido", conclui o membro do MPSC.