Se você ouviu algumas dessas frases durante o trabalho de parto, saiba que sofreu violência obstétrica. Esse tipo de violência pode ser praticada de forma verbal ou física contra as mulheres gestantes, em trabalho de parto ou, ainda, no período puerpério -período pós-parto -, pela equipe de saúde, por um familiar ou por um acompanhante.
Para auxiliar na divulgação de informações sobre esse ato que pode provocar até a morte, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) tem uma campanha permanente de conscientização. As peças informativas são divulgadas no portal e nas redes sociais da Instituição.
Entre as peças está um fôlder, produzido com entidades parceiras, que traz uma série de informações fundamentais para que a mulher tenha um parto seguro e condizente com o seu desejo. Entre elas, a de que a doula não substitui o acompanhante durante o trabalho de parto e pós-parto, o que é um plano de parto e quais são as condutas que caracterizam violência obstétrica e a quem recorrer caso sofra a violência.
"A produção do fôlder e a publicação da lei estadual representam importantes avanços no combate à violência obstétrica. As gestantes devem ser orientadas sobre suas garantias em relação ao respeito às suas escolhas, a importância da elaboração do plano de parto e o direito ao acompanhante", comenta a Coordenadora-Adjunta do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Terceiro Setor (CDH), Promotora de Justiça Ariadne Clarissa Klein Sartori.
Os parceiros são a Secretaria de Estado de Saúde, Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional de Enfermagem, Associação de Obstetrícia e Ginecologia de Santa Catarina, Associação Brasileira de Enfermeiros Obstetras, Neonatais e Obstetrizes do Estado de Santa Catarina, Associação de Doulas do Estado de Santa Catarina (ADOSC ) e as ONGs Somos Todxs Adelir - Contra a Violência Obstétrica - e Coletivo Parto Plural.