Foi decretada a prisão preventiva de dois policiais militares e dois agentes prisionais investigados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por facilitar a entrada de celulares e de conceder regalias a presos, mediante pagamento, no Presídio Regional de Joinville. O Promotor de Justiça Geovani Werner Tramontin instaurou procedimento administrativo para apurar o ingresso dos objetos apreendidos numa vistoria realizada no presídio. O MPSC também está analisando documentos apreendidos durante a operação.

Organizada pela Promotoria de Justiça de Joinville, com atribuição no controle Externo da Atividade Policial e Execução Penas, a vistoria no presídio apreendeu sete celulares, carregadores e instrumentos perfurantes. Na tentativa de encontrar os responsáveis pela entrada dos objetos, foram ouvidas diversas testemunhas. O MPSC chegou aos agentes prisionais por meio dos dois policiais militares que tiveram a preventiva decretada. Eles aceitaram as delações premiadas propostas, e denunciaram os agentes.

Segundo o Promotor de Justiça, os detentos pagavam para obter regalias como a de receber falso atendimento médico. Em vez de serem medicados, os presos eram levados para visitas familiares fora do presídio. O Promotor afirma ainda que, praticamente, todos os benefícios eram concedidos a assaltantes e traficantes presos que possuíam recursos financeiros para custear as regalias.