Foi recebida pelo Poder Judiciário a denúncia formulada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) contra as cinco pessoas presas na operação que, segundo as forças policiais, foi responsável pela maior apreensão de ecstasy da história do Brasil. Com isso, os cinco acusados passam a figurar como réus na ação penal e responderão pela suposta prática dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, além de porte ilegal de arma de fogo e munição de uso restrito.  

A ação penal ajuizada pela 7ª Promotoria de Justiça da Comarca de Palhoça relata que o suposto grupo criminoso, que já era monitorado pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes de Palhoça, planejava o transporte de expressiva quantidade de entorpecentes do Estado do Paraná para a Grande Florianópolis no dia 18 de outubro de 2023. Foi quando a operação foi deflagrada e o veículo conduzido por um dos acusados foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Biguaçu. Um integrante do grupo foi preso em flagrante e 223,8 quilos de maconha foram apreendidos.  

No mesmo dia, com um mandado de busca e apreensão deferido pelo Poder Judiciário, a Polícia Civil foi ao apartamento que supostamente servia de depósito e comércio de drogas. Lá, encontraram outros três dos acusados. Dois deles foram presos em flagrante, entre eles o suposto chefe do grupo. O terceiro conseguiu fugir, mas foi identificado e preso após representação do Ministério Público por sua prisão preventiva. 

No apartamento, foram encontrados 460.986 comprimidos de ecstasy e 2,6 quilos da matéria-prima para a produção dos comprimidos, chamada MDMA. Segundo as forças policiais, foi a maior apreensão da droga já realizada no Brasil. Também foram apreendidas outras drogas (438,5 gramas de skunk e 205 gramas de maconha), uma pistola Glock 9 mm, com munições e carregadores, além de instrumentos supostamente utilizados no tráfico de entorpecentes, como um veículo, celulares, máquina de contar dinheiro e balança de precisão.  

No dia 20 de outubro de 2023, com o apoio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa do Estado do Paraná, policiais civis de Palhoça cumpriram um mandado de busca e apreensão em Curitiba contra o suposto fornecedor da droga interceptada pela PRF. Foi encontrado em poder dele 1,7 quilo de maconha, que foi apreendido, junto com um aparelho celular, caderno de anotações referentes ao tráfico de drogas, entre outros itens.  

Na denúncia, o Promotor de Justiça Felipe Lambert de Faria atribui aos acusados a autoria dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo e de munição de uso restrito. Três acusados estão presos preventivamente e dois respondem ao processo em liberdade. 

"A operação foi resultado de uma atuação conjunta de inteligência das forças policiais, que possibilitou a interceptação de expressiva quantidade de droga, que seria pulverizada na região da Grande Florianópolis. Agora, o Ministério Público busca a responsabilização criminal dos réus por suas condutas", considera o Promotor de Justiça.