Detento que matou colega de cela é condenado a mais de 13 anos de prisão
Réu e vítima ocupavam cela isolada do Presídio de Blumenau por motivo de segurança. Crime ocorreu em março de 2020.
Um detento que matou um colega de cela no Presídio de Blumenau foi condenado a 13 anos, sete meses e 10 dias de prisão, em regime inicial fechado. Conforme sustentou o Ministério Público de Santa Catarina, os jurados entenderam que o acusado cometeu homicídio qualificado (pelo uso de meio cruel).
A sessão do Tribunal do Júri julgou Bruno Machado da Silva, denunciado pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Blumenau pela morte de Cleiton Leonardo Kintope, na sexta-feira (8/10). Os dois eram reclusos na Unidade Prisional de Blumenau em uma cela conhecida por "seguro", isto é, um lugar destinado a presos que não podem ficar em cárceres normais, destinados a presos comuns.
O "seguro" é utilizado para presos que cometeram ou foram condenados por determinados crimes ou para ex-integrantes de facções criminosas, os chamados "decretados". Também é indicado para reclusos que não conseguem, por variados motivos manter um comportamento adequado.
Na manhã do dia 12 de março de 2020, Bruno Machado da Silva golpeou a cabeça da vítima com socos e bateu por diversas vezes a cabeça dela contra a cama de concreto da cela e, após, utilizou uma toalha para tentar sufocar a vítima.
O Conselho de Sentença considerou que foram os golpes na cabeça a causa da morte da vítima (meio cruel) e afastou a qualificadora da asfixia.
Na Sessão de Julgamento, atuou a Promotora de Justiça Andrea Gevaerd.
A sentença é passível de recurso, mas o réu não preenche os requisitos legais para recorrer em liberdade.