PostComeça na próxima segunda-feira (15/9) a edição de 2025 da destacada operação de combate ao desmatamento do bioma Mata Atlântica em todo o país. A ação tem como objetivo identificar, coibir e responsabilizar os autores de supressões ilegais de vegetação nativa, promovendo a proteção e a recuperação dos remanescentes florestais desse ecossistema.

Em Santa Catarina, a operação é coordenada pelo Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CME) em conjunto com a Polícia Militar Ambiental (PMA). Uma reunião de alinhamento das ações ocorreu na terça-feira (9/9) entre a Coordenadora do CME, Promotora de Justiça Stephani Gaeta Sanches, e o Comandante da PMA Coronel Fabrício Berto da Silveira, além do Tenente-Coronel Dhiogo Cidral de Lima, Tenente-Coronel Gabriel Souto e Major Paulo Roland Ern.

"A reunião teve como foco o planejamento das ações de campo, a definição das áreas prioritárias e o alinhamento das estratégias de fiscalização, com base nos dados mais recentes de desmatamento identificados pelo MapBiomas", destacou Stephani. 

No estado, 221 alertas de desmatamento de Mata Atlântica foram identificados, conforme o MapBiomas. Serão averiguados em vistorias e, se confirmados, resultarão em autuações e outras medidas administrativas e judiciais. Em 2024, a operação nacional permitiu a identificação de 17.124 hectares de supressão ilegal de vegetação nativa do bioma Mata Atlântica, trabalho que resultou na aplicação de mais de R$ 137 milhões em multas - cerca de R$ 2 milhões somente em Santa Catarina. O valor total foi o maior registrado na história da operação. Em 2023, foram 17,9 mil hectares em todo o país. 

A Operação Mata Atlântica em Pé 2025 é uma ação conjunta entre os Ministérios Públicos nos estados e demais órgãos ambientais envolvidos. As ações de fiscalização ocorrem simultaneamente em 17 estados da Federação que possuem cobertura desse ecossistema e, neste ano, é coordenada nacionalmente pelo Ministério Público de Minas Gerais e pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente. 

As vistorias prosseguem até 19 de setembro, quando as áreas desmatadas serão contabilizadas e as infrações serão identificadas.