Entre os dias 25 e 31 de março, o Brasil inclui em seu calendário oficial a Semana de Mobilização Nacional para Busca e Defesa da Criança Desaparecida. A data foi estabelecida pela Lei n. 12.393, de 4 de março de 2011, e foi planejada para ser um período de intensificações na busca de crianças e adolescentes desaparecidos, assim como de divulgação das ferramentas e leis que auxiliam no combate ao desaparecimento.
Segundo estimativas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no Brasil, 200 mil pessoas desaparecem em média por ano. Desse montante, estipula-se que 40 mil são crianças e adolescentes. Em Santa Catarina, a Polícia Militar realizou uma pesquisa entre janeiro de 2005 e outubro de 2011, em que foram registrados 8.017 casos de desaparecimento. Desse valor, 42,7% envolvem exclusivamente desaparecimento de crianças e adolescentes. Só em Florianópolis, foram registrados 650 casos durante o período de análise.
Uma pessoa é considerada desaparecida quando seu paradeiro é desconhecido por familiares e amigos ou quando sua localização é considerada inviável após a busca desses entes. A tipificação de desaparecimento não leva em conta os prováveis motivos ou causas e o tempo de decorrência. O registro imediato de um desaparecido é uma garantia legal (Lei n. 11.259/05), o que desmistifica a afirmação de conhecimento público de que, para se registrar um desaparecimento, deve-se aguardar 24 horas após a notificação do ato.
Como recomenda a lei que instituiu a Semana de Mobilização, o acesso à informação é uma excelente ferramenta no combate ao desaparecimento. Por isso, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresenta algumas informações e dicas relacionados ao desaparecimento de crianças e adolescentes no Brasil.