A importância de falar sobre o tema
A abertura do evento contou com a participação da Coordenadora do CME, Promotora de Justiça Luciana Cardoso Pilati Polli, do Promotor de Justiça da 32ª PJ da Capital e Diretor da Escola do MP, Paulo Antonio Locatelli, da Procuradora-Geral do MPC-SC, Cibelly Farias, e do Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais do MPSC, Alexandre Estefani.
A Coordenadora do CME iniciou o evento relembrando que, "pela Agenda 2030 da ONU, o Brasil tem o compromisso de buscar garantir o acesso de todos a moradia digna, adequada, a preço acessível, com serviços básicos, urbanização dos assentos precários e com especial atenção para grupos em situação de vulnerabilidade".
Em seguida, o Promotor de Justiça Paulo Antonio Locatelli em nome da Escola do MP reforçou a importância de discutir o EC e analisar se houve avanços. "O estatuto, para muitos, é uma lei meramente simbólica, com conceitos amórficos. Ao dar uma volta pela cidade, notamos a falta de sua aplicação. É visível o distanciamento da lei e da realidade. Então, estamos sempre no aguardo dos `anjos bons da nossa natureza", que incorporem os princípios e diretrizes, colocando-os em prática", explicou.
Para a Procuradora-Geral do MPC-SC, Cibelly Farias "houve alguns avanços nesses anos, mas ainda existe muito a ser feito no âmbito dos Ministérios Públicos, dos Tribunais de Contas, sobretudo se nós considerarmos que, para que o planejamento urbano saia efetivamente do papel, precisa se materializar, necessariamente, em obras e serviços públicos para a população. Esse é um dos grandes desafios que eu vejo para a atuação dos Tribunais de Contas, futuramente, para a efetivação real do Estatuto da Cidade".
"Sem dúvida nenhuma, estamos diante de um desafio; buscar esse uso da propriedade urbana, cada vez mais, em nome do bem-estar coletivo, que eu acho que é o grande desafio de todos. Dividir os ônus dessa urbanização, do avanço das cidades, os ônus e os benefícios desse processo de urbanização, da função social da propriedade, da universalização, dos direitos da moradia", destacou o Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Alexandre Estefani, concluindo a abertura do evento.