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Atualmente, em Balneário Camboriú, apenas os seis maiores supermercados da cidade distribuem cerca de 840 mil sacolas plásticas por mês. Por conta desse cenário, a 5ª Promotoria de Justiça de Balneário organizou na quarta-feira (24/10), na sede do Sindicato do Comércio Varejista de Balneário, uma reunião para tratar do Programa de Redução do Uso de Sacolas Plásticas Descartáveis.

Empresários do setor supermercadista, comerciantes locais, representantes do poder público e educadores ambientais participaram do encontro. Ele aconteceu após o início do Procedimento Administrativo n. 09.2018.6487-6, assinado para levantar informações por meio de um diagnóstico ambiental sobre a distribuição de sacolas plásticas no Município.

Promotor de Justiça responsável pela Curadoria Ambiental de Balneário Camboriú, Isaac Sabbá Guimarães trouxe informações sobre programas de redução das sacolinhas em diferentes países e colocou em debate opções a serem implementadas no Município. Isaac também discutiu a possibilidade de formalizar um acordo judicial em Ação Civil Pública, cuja audiência está marcada para o dia 29 de novembro.

O acordo visa variadas alternativas às sacolas plásticas: a disponibilização de embalagens de papelão, o fornecimento de sacolas retornáveis e reutilizáveis, além das biodegradáveis. Também pretende estabelecer um programa de conscientização do uso sustentável pelos consumidores veiculando mensagens nas próprias sacolas e, ainda, a cobrança pelas sacolas adquiridas nas lojas. "Como medida compensatória, pretende-se criar pontos de coleta de pilhas, medicamentos e lixo eletrônico nos próprios estabelecimentos supermercadistas", completa Sabbá Guimarães.

Para o presidente do Sindilojas, Hélio Dagnoni, o setor está aberto a debater novas políticas de redução de lixo e de sacolas plástica no comércio. "Muitos dos nossos associados, inclusive, já são modelos em boas práticas neste sentido", explica.

Durante a reunião, o diretor executivo da Associação Catarinense de Supermercados, Antônio Poletini, falou sobre o programa Supermercado Lixo Zero, que prevê a destinação correta dos resíduos gerados pelo setor. "Mais de 45 lojas em SC aderiram ou estão implantando as ações do projeto. A meta é que, até 2020, todos os supermercados tenham aderido ao programa", explica.

Uma segunda reunião está agendada para novembro, na 5ª Promotoria de Justiça, para avançar nas tratativas iniciadas.