Na última semana (de 14 a 18 de outubro), com o objetivo de formar facilitadores e sensibilizar lideranças para a utilização dos processos circulares em espaços institucionais, comunitários e acadêmicos, membros do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) participaram de mais uma capacitação em Justiça Restaurativa. O curso "Formação Avançada de Facilitadores de Círculos de Construção de Paz" foi ministrado por Leoberto Narciso Brancher, Afonso Armando Konzen e Rafaela Duso, da Escola da AJURIS (Escola Oficial da Magistratura). A iniciativa para a participação no curso partiu do Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição (NUPIA) e do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF), que têm incentivado fortemente a formação em Justiça Restaurativa para os membros.
A formação proporcionou uma experiência imersiva, capacitando os participantes a compreender e aplicar os princípios e valores da Justiça Restaurativa em seu cotidiano. O foco esteve na utilização do diálogo e da corresponsabilidade como ferramentas centrais para a resolução de conflitos, promovendo uma transformação positiva nas relações e na convivência em diversos contextos sociais.
A Promotora de Justiça Analú Librelato Longo, coordenadora do NUPIA, destacou a importância dessa capacitação: "A formação contínua em Justiça Restaurativa é essencial para que possamos enxergar os conflitos sob uma nova perspectiva. Essa mudança de visão é o que buscamos implementar no cotidiano das Promotorias de Justiça, oferecendo soluções mais humanas e efetivas para a pacificação social."
A Promotora de Justiça Cristine Angulski da Luz, assessora especial da Corregedoria-Geral do Ministério Público, reiterou a importância da formação. "O Curso Básico de Facilitadores de Círculos de Construção de Paz ofereceu aprendizados valiosos. Um dos maiores foi oportunizar um contraponto à forma de abordagem tradicional a que estamos habituados, permitindo o exercício do olhar mais empático e cuidadoso para a construção de ambientes voltados para a resoluções de conflitos."
A Promotora de Justiça Juliana Padrão Serra de Araújo, da 31ª PJ da Comarca da Capital ressaltou que "as técnicas aprendidas e vivências compartilhadas durante o curso estão proporcionando uma nova perspectiva, não só na resolução de conflitos, mas também na condução de relações interpessoais em geral. Aprender a ouvir e criar um ambiente propício para a fala sincera e respeitosa são ferramentas poderosas para compreender o ponto de vista de cada uma das partes envolvidas, possibilitando a identificação do problema subjacente ao conflito - o que pode facilitar o encaminhamento da sua resolução", disse.
A Promotora de Justiça Rejane Gularte Queiroz Beilner também elogiou a iniciativa. "O curso foi fantástico, com carga horária, formato e abordagem que me pareceram excelentes para a finalidade a que se dispõe. Foi uma forma maravilhosa para o primeiro contato com a temática das práticas circulares. Encerro-o com sentimento de gratidão e grande entusiasmo para aplicar nas funções institucionais o aprendizado adquirido".
"Não há como descrever em palavras as experiências e conexões vividas durante esta formação, que superou muito as minhas expectativas. Foi uma semana de intensa dedicação, e que nos proporcionou um olhar mais amplo e mais humano, em especial no sentido de pensarmos novas formas de soluções de conflitos e de construção de uma cultura de paz, seja ao nosso redor, seja entre as pessoas e instituições com as quais nos relacionamos no nosso dia a dia", disse a Promotora de Justiça Raquel Betina Blank.
Para o Promotor de Justiça Rodrigo Kurth Quadro o curso foi "simplesmente fantástico, arrebatador, apaixonante, comprovando que existem muitas ferramentas além do direito tradicional para agir em benefício do próximo (munícipe). Agora é colocá-lo em prática, seja fortalecendo a equipe da Promotoria, seja aplicando às crianças e e adolescentes nas escolas, à rede de proteção, ou seja, onde os bons ventos nos permitirem prevenir e compor litígios de forma leve e pacífica".
"A realização do Curso de formação para facilitadores de círculos de construção de paz para situações menos complexas foi uma grata surpresa, tendo sido uma oportunidade para reflexões e troca de vivências. Levo para a Promotoria uma escuta mais ativa, um olhar com novas lentes, mais abrangentes, e uma sede de colocar os ensinamentos em prática, principalmente nos atendimentos a serem realizados com a população", falou a Promotora de Justiça Larissa Zomer Loli.