A Promotoria de Justiça da Comarca de Rio do Campo segue com as investigações do grupo criminoso responsável por um grande esquema de desmatamento ilegal em área de Mata Atlântica, no município de Santa Terezinha, no Alto Vale do Itajaí, voltado à obtenção de lucro com o comércio ilícito de madeira. Depois da Operação "Silvam Vindicat", deflagrada no último dia 27, as investigações prosseguem em coordenação entre a Promotoria de Justiça, o GAECO e a Polícia Militar Ambiental, com a análise dos dados extraídos dos celulares apreendidos e consolidação das infrações ambientais constatadas, a fim de instruir a denúncia contra os integrantes do grupo.  

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A Operação "Silvam Vindicat", deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e pela Polícia Militar Ambiental, cumpriu sete mandados de busca e apreensão. Durante a operação foram apreendidos 7 tratores, 2 caminhões, 1 serraria móvel, 9 motosserras, 5 celulares, 1 computador, 9 armas de fogo, munições e dinheiro em espécie, além de madeira e outros equipamentos usados no esquema. As diligências também demonstraram que o grupo seguia avançando sobre a vegetação nativa, com novos focos de desmatamento em regiões de difícil acesso. 

O Promotor de Justiça Felipe Lambert de Faria destacou a importância da operação para desarticular o grupo criminoso, mediante a apreensão de instrumentos que eram empregados na prática de crimes da mesma natureza há anos. Além disso, ressaltou o compromisso do Ministério Público "com a busca pela recomposição do dano ambiental e com a responsabilização daqueles que, ao longo dos anos, têm lucrado com o comércio de madeira oriunda de vegetação nativa, extraída ilegalmente". 

Segundo a Polícia Militar Ambiental, estima-se que o grupo tenha desmatado clandestinamente cerca de 1.276 hectares de floresta, utilizando serrarias móveis, veículos adaptados, depósitos camuflados e acessos clandestinos para o escoamento da madeira.  

A operação recebeu o nome de "Silvam Vindicat", expressão em latim que significa "a floresta reivindica", simbolizando o resgate da justiça ambiental ¿ especialmente no Dia Nacional da Mata Atlântica, comemorado em 27 de maio.