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A população de Correia Pinto vivia as últimas horas de 2020 na esperança de que o ano novo levaria embora as coisas ruins, como a pandemia de covid-19. Mas o município serrano ainda veria mais uma tragédia naquele 31 de dezembro. Por volta das 20h20, um homem foi morto a tiros pelo ex-concunhado no meio da rua, no bairro São João, por conta de uma desavença. 

Quase cinco anos depois, o autor dos disparos foi julgado pelo Tribunal do Júri, com base na denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Ele entrou pela porta da frente do Fórum às 9 horas da manhã, afinal estava respondendo ao processo em liberdade, mas saiu preso às 11 horas da noite, pois foi condenado a 16 anos de prisão em regime inicial fechado. 

A acusação foi conduzida pela Promotora de Justiça da Comarca de Correia Pinto, Camila da Silva Tognon. Ela apresentou as provas e evidências colhidas durante as investigações e pediu a condenação do réu. "A vida é o nosso bem mais precioso, e precisamos mostrar para a sociedade que não aceitamos que ela seja banalizada", sustentou. 

Os jurados acolheram a denúncia, reconhecendo que o crime foi praticado por motivo fútil - uma desavença relacionada ao descumprimento de uma medida protetiva - e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima - os tiros. O réu também foi condenado por porte ilegal de arma de fogo, pois o revólver usado para cometer o homicídio estava em desacordo com a legislação. Ele não poderá recorrer em liberdade.   

A Promotora de Justiça Camila da Silva Tognon diz que a decisão dos jurados reforça a importância da vida e da ordem pública. "A resposta do Tribunal do Júri mostra que o crime não compensa e que a justiça está ao lado da sociedade para proteger aqueles que querem viver em paz", concluiu.